segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Esse Steinbeck...

Há muito tempo, venho me perguntando o que Steinbeck está fazendo ali no meio dos laureados do Nobel de Literatura: Faulkner, Sartre, Hemingway, Sienkiewicz, Camus, Anatole France, Bashevis Singer, Soljenítsin, etc, etc.



Tudo bem, ele escreveu 'As Vinhas da Ira', que é um ótimo livro e 'À Leste do Éden', juntamente com 'O Inverno da Nossa Desesperança', que ainda irei ler, mas que a meu ver não habilita ninguém para um Nobel.

O mais estranho é que Faulkner ganhou dois Pulitzer com alguns dos seus livros considerados mais fracos, Uma Fábula e Os Desgarrados, enquanto Steinbeck ganhou seu Pulitzer com sua maior obra.

Por seus trabalhos realistas e imaginativos que combinam humor, simpatia e percepção social incisiva.
Essa foi a história que a Academia contou, mas pelo visto não bem assim. Justo hoje, lendo as notícias nas interwebs, topo com essa bomba.

Documentos revelam que Steinbeck foi premiado por falta de algo melhor. Entre os finalistas haviam uma oponente morta, um recusado por motivos alheios à literatura, um escritor ainda 'verde', restaram apenas Steinbeck e Robert Graves, que foi preterido por sua obra se limitar à poesia, o que também não era verdade.

Note bem o que ele disse em seu discurso:

Em meu coração pode haver dúvida se eu mereço o Prêmio Nobel, em vez de os outros homens a quem eu respeito e reverencio.

Pelo visto, nem Steinbeck concordava com o prêmio, mas já que eles insistiram...
Recentemente,a Academia Sueca se viu no centro de uma polêmica ao laurear Mo Yan em 2012, acusado de apoiar o regime comunista. Pra mim polêmica mesmo foi ele ter sido comparado pelo porta-voz da Academia como uma mistura de Faulkner, Dickens, Marquez e Rabelais.
Come on! Deixa o Faulkner fora dessa.

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