sábado, 14 de setembro de 2013

Enquanto agonizo no cinema

Finalmente!
Depois de um tenebroso inverno, com o cinema lançando ad nauseam adaptações numeradas de livros juvenis e quadrinhos(nada contra, só não me chame para assistir) e do Grande Gatsby (haja gin-tônica para esquecer), aparece uma adaptação que eu quero realmente conferir.

Pois é, As I Lay Dying ou Enquanto Agonizo, romance que foi considerado por muitos impossível de filmar, devido à inovadora técnica narrativa de Faulkner(em 1930), usando 15 personagens narrando cada um dos 59 capítulos através de seu próprio ponto de vista. Meio que um Rashomon elevado à 4ª ou 5ª potência. (Só pra comparar, sem desmerecer em nada o filmaço do Kurosawa.) Engraçado foi alguns podcasts colocando essa característica que aparece no livro Game of Thrones como uma super novidade.

Para quem não leu, o livro conta a saga da família Bundren, um bando de rednecks do condado de Yoknapatawpha, cuja matriarca, Addie, está morta. Ela entrou numa de ser enterrada em Jefferson junto de seus parentes e Anse, seu devotado, preguiçoso e burro que dá nojo marido resolve atendê-la.

Nada demais, se abstrairmos do fato de que eles estão à muitas léguas de beiço de Jefferson, o calor dos diabos que faz no Mississipi e a carroça sem geladeira para levar a defunta. Ou seja, um potencial maravilhoso para dar merda.

E tem uma das frases mais infames da literatura moderna, por Vardaman Bundren:

Minha mãe é um peixe.

Se isso faltar no filme eu paro de ver na hora.

Não faço ideia da técnica cinematográfica de Franco para reproduzir o ambiente estranho desse livro. O que sei é que as locações são no Mississipi. Ainda bem, porque ver um filme de Faulkner em Oklahoma ia ser muito frustrante. Sai em 23 de novembro nas gringas. Aqui, sabe Deus.

E pra acabar, tem o trailer.

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