Com uma pequena espera de 2 semanas e poucos dias, diretamente dos States, chega o magnífico, inenarrável, crocante, alcoólico The Portable Faulkner!
O livro, bem, o livro está ok, mas a edição...
Acostumado com o padrão de qualidade Penguin-Companhia, papel pólen da Suzano, aquela coisa toda, PQP, nunca em todos os anos nessa indústria vital, comprei uma edição com um papel tão ruim. A capa parece impressa na minha inkjet de 5 anos atrás. Eles deveriam avisar que vinha em edição pulpback.
Ao que parece, após umas 3 leituras já vai dar para vendê-lo como relíquia de algum afundamento de navio.
O preço de capa é de 20 dólares. Eu paguei bem menos. Sem entrar em detalhes de custo de produção, câmbio, etc., fiquei pensando se livro vende pouco no Brasil porque é caro mesmo, ou é porque os possíveis leitores preferem ficar no Facebook ou gastar tudo em cerveja mesmo. Já comprei livros excelentes aqui mesmo, com material muito melhor por bem menos que isso.
Como não canso de falar, e escrever, Faulkner é, de longe o meu autor favorito, seguido de perto por Isaac Bashevis Singer e não tão de perto por Aldous Huxley.
Com uma introdução que esclarece aspectos importantes da vida e obra do autor e uma nota encabeçando cada seção, o livro tenta dar ordem cronológica e um sentido ao labirinto faulkneriano. Como no trecho abaixo, onde o editor dá uma possível explicação à dificuldade que sentimos ao ler seus livros.
Like Hawthorne, Faulkner is a solitary worker by choice, and he has done greats things not only with the double the pains to himself that they might have cost if produced in more genial circumstances, but sometimes also with double the pains to the reader.
Pode ser um ótimo aliado para o desbravamento da obra de Faulkner. Mas não leia o capítulo Dilsey antes de ler O Som e a Fúria. Ele é o capítulo final do livro e um grande spoiler.
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