Frio do cão. Vontade de abrir um dos livros do Chandler e arrancar de lá uma garrafa de rye para aquecer o frio e espantar o nada.
Pena que, do nada, lembrei que isso não funciona.
Esse daí de cima é meu mesmo. Nem parece. Ou então está na cara.
Uma pilhinha bem tsundokada repousa em minha estante:
- O Certificado - Isaac Bashevis Singer.
- The Portable Faulkner - William Faulkner (óbvio)
- O Solar - Isaac Bashevis Singer
- Ripley Subterrâneo
Tem dois caras sentados juntos num bar numa região remota do Alaska. Um dos caras é religioso, o outro é ateu, e os dois estão discutindo sobre a existência de Deus com a intensidade especial que vem depois da quarta cerveja. E o ateu diz: “Olha, não é como se eu não tivesse razões verdadeiras pra não acreditar em Deus. Não é como se eu nunca tivesse experimentado essa coisa toda de Deus e oração. Mês passado uma nevasca terrível me pegou longe do acampamento, eu tava completamente perdido, e não conseguia ver nada, e tava 25 graus negativos, então eu tentei: eu caí de joelhos na neve e gritei ‘Ó Deus, se existir um Deus, eu tô perdido nessa nevasca, e eu vou morrer se você não me ajudar.’” E agora, no bar, o cara religioso olha pro ateu confuso. “Bem, então você deve acreditar agora”, diz ele. “Afinal, aqui está você, vivo.” O ateu rola os olhos. “Não, cara, o que aconteceu é que dois esquimós por acaso apareceram por lá e me mostraram o caminho do acampamento.”
Cinicamente sensacional. Não tem como não ler. Tradução de Luís Calil. Texto completo aqui.
Devo começar com Breves Entrevistas com Homens Hediondos, passando por 'Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo' (sim, o título é desse tamanho mesmo) e terminando em Infinite Jest, gracias a Caetano Galindo. No original, no way.
Mas antes disso, o meu psicosociopata favorito vai rodar.
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