sexta-feira, 18 de abril de 2014

Novos ares

De vez em quando, parece que a literatura já não nos apetece. Nada disso.

Normalmente é que lemos tanto de um mesmo autor ou estilo, que tudo nos parece apenas mais do mesmo. É preciso sair da zona de conforto e ver algo realmente novo. Novo, não mais recente. The Canterbury Tales foi publicado em 1475 e para mim continua novo.

Após uma breve passagem pelo ultra-realismo de Céline, a escrita telegráfica de Ellroy e o cinismo de Chandler me pergunto: E agora?

De Faulkner falta pouca coisa. Uma Fábula está na estante mas o estilo é tão prolixo que não tem como lê-lo em um ônibus sacolejante em tiros de 40 minutos. Fica pras férias. Eu sei que Faulkner é faulknerianamente prolixo, mas parece que em Uma Fábula ele perdeu a mão.

Isaac Bashevis Singer é ótimo, mas ainda estou na ressaca de O Solar.

Bukowski é bom, mas acabei há pouco de ler Céline, que é o Bukowski com mais páginas.

Tem a Riplíada para terminar, mas...

Estou indeciso entre Virginia Woolf, Philip Roth ou Proust, mas qual?

Orlando, Adeus, Columbus ou O Caminho de Swann???

Dúvida difícil, mas boa, já que mostra que tenho recursos para comprar suficientes livros e tempo livre para lê-los. O que não ajuda em nada a resolvê-la.


Em tempo: E mais um dos grandes se vai... Adiós, Gabo. 




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