Vi no site, cliquei e comprei. As compras por impulso nunca foram tão devastadoras. Se fosse na livraria eu ficaria alisando o livro por uma longa meia hora, tipo o John Smith e ia acabar comprando na semana que vem. Mas vamos lá, já foi debitado no cartão e só resta esperar chegar.
Chegou. Dando aquela geral marota no volume, capa, orelhas, miolo. Olha que casal simpático aqui na orelha direita. A Carol(adoro seus textos), gosta de fotos de autores, eu não. Imagino os autores como entidades etéreas sem forma. Mentira, eu não gosto é de fotos, da mesma forma que não gosto de entrevistas com os meus músicos favoritos. Tinha um guitarrista que era o máximo, mas um schmuck tão dedicado, que eu parei de gostar do som dele.
Voltando à foto, os dois parecem saídos de um disco pop da década de 80. Photoshop, muita maquiagem e produção, aquela coisa toda. Legal, então esse é o Lars. Não? Os dois são o Lars!
Na hora senti como se tivesse lido todo o cânone faulkneriano, junto com The Portable Faulkner para depois descobrir que Luz em Agosto, Absalão, Absalão e O Som e a Fúria tinham sido escritos por um ghost-writer. Ou então que Nora Barnacle escreveu o monólogo da Molly em Ulysses.
Babaquice minha? Talvez, afinal o ser humano é o único animal que sabe ser babaca, e bem.
De qualquer forma, minha boca amargou um pouquinho com essa surpresa. Já vou ler O Pesadelo com um pé atrás.
Estou no capítulo 4. A narrativa é bem no estilo do Stieg Larsson, bem no estilo MESMO, chega a incomodar um pouco. Depois vim a descobrir que o Lars é uma homenagem para o Stieg. Uma homenagem à moda Tarantino, pelo visto.
Agora é acabar de ler e torcer para que meus preconceitos sejam infundados. Mas uma coisa é certa. O livro vai ter de ser muito bom para tirar esse ranço, causado por uma mísera foto na orelha do livro.
Eu conto depois.
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