Depois de ler Stieg Larsson, abri os olhos (e a estante) para os autores nórdicos. A mais nova descoberta foi o autor Arnaldur Indriðason (Não faço idéia de como se pronuncia, então vai Indridason mesmo).
Islandês de Reykjavik, Arnaldur é graduado em história, trabalhou como jornalista, escritor freelancer e foi crítico de cinema até 2001.
Seu primeiro livro, que também é o primeiro com o detetive Erlendur, Synir duftsins ou Filhos do Pó, que não ainda tem tradução para o português, foi publicado em 1997. Com A Cidade dos Vidros ele ganhou seu primeiro Glass Key Award e com O Silêncio do Túmulo ele ganhou um Glass Key e um Gold Dagger Award.
O Silêncio... foi minha porta de entrada ao frio mundo de Arnaldur.
Um esqueleto é encontrado em um canteiro de obras em um subúrbio da capital islandesa. Quase de pé, o que sugere que a pessoa tenha sido enterrada viva, é o estopim para acender a trama. Quem foi enterrado ali? Porque? Por quem?
Com diversas possíveis vítimas e quase nenhum suspeito, o detetive Erlendur e sua equipe se envolvem nessa ingrata missão, para desvendar um crime do passado, do qual provavelmente nenhum dos envolvidos esteja vivo.
Diferentemente do detetive de Lars Kepler, Erlendur é muito bem caracterizado, com seus dramas e dúvidas pesando a cada passo, de uma forma que faz o leitor se importar com o protagonista, o que definitivamente não acontece com Joona Linna.
Com uma trama engenhosa, entrecruzando duas linhas de tempo, O Silêncio do Túmulo é diversão garantida, conseguindo prender a atenção de forma permanente. Um verdadeiro pageturner.
O próximo livro dele à ir para a estante será a Cidade dos Vidros. Só resta saber quando. Isso faz parte do suspense.
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